sábado, fevereiro 24

Dentes, para que vos quero...

Curiosamente, desde há muito tempo que são usados implantes dentários e, ao contrário da ponta da lança encontrada no corpo do “Kennewick Man” – vê o post anterior – aqueles sempre foram considerados verdadeiros implantes.

É sabido que a civilização Maia, por volta do ano 600 a.C., utilizava conchas para adornar os dentes, assemelhando-se ao que actualmente apelidamos de “bone integration” o que, basicamente, corresponde a uma integração, um implante no osso.

Implantes dentários da Civilização Maia.
Eram uma forma de afirmação do estatuto social.

Na Europa, foi descoberto um cadáver datado de 200 a.C., que tinha um implante dentário de ferro, também este descrito como integrado no osso.

Os Egípcios, por sua vez, eram conhecidos por fixar os dentes ao maxilar com fios de ouro e, ao longo dos séculos, os cirurgiões tentaram aperfeiçoar as técnicas de implante de substituintes de dentes, embora, muitas vezes, estas não fossem bem sucedidas.

De modo análogo, nos dias da Revolução Americana, os marinheiros chegavam a ser atacados e os seus dentes extraídos para serem, posteriormente, implantados em pessoas mais saudáveis e ricas.

Resumindo, estes casos salientam dois aspectos essenciais na história e existência dos Biomateriais:

  • A natureza tolerante do corpo humano em relação a implantes de materiais estranhos ao organismo;

  • A percepção das civilizações pré-históricas e mesmo das mais recentes da necessidade de melhoramento do funcionamento das funções físicas e anatómicas com a utilização de implantes.

Máscara Azteca.

Os dentes e os olhos são feitos de concha.

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